Meus souvenirs

Não sei se cada ser humano deste planeta tem o mesmo hábito que eu de conservar lembranças de momentos já vividos ao longo de uma vida. Mas, eu sou assim! Apegada a pequenos souvenirs que possam me fazer recordar de situações boas e outras nem tanto.

As formas destas lembranças estão concretizadas em objetos, folhas de papel, cartas, pedaços de fita de buquês de flores, cartões, diários antigos, roteiros de viagens, poesias, pensamentos. São tantas coisas que ficam guardadas em um baú devidamente escondido onde ninguém pode mexer.

De vez em quando, nas horas em que me bate saudade do passado, me sento no chão e começo a revirar tudo isso. Acho que faço isso para meio que buscar um acalento, alguma espécie de consolo ou conselho. Não sei ao certo, o fato que eu faço isso às vezes e poder realizar coisas assim fazem parte do que é a Marceli… De uma Marceli que ninguém conhece.

Considero meio contraditória a vontade que eu pessoalmente tenho de querer materializar as coisas abstratas. Afinal, as lembranças são abstratas, fazem parte de um mundo unicamente nosso que não pode mais se tocado, que não pode voltar no tempo e que apenas permanece estático para que possamos analisar e pensar.

Apesar de toda essa bagunça de querer fazer o impossível, as lembranças são importantes e mesmo que tentamos afastá-las, elas sempre se farão presentes nos momentos mais inesperados e indesejados. Talvez o único objetivo disso seja para nos confundir mesmo. Vai saber! E, apesar de tudo isso e de todos os outros pesares, eu continuo colecionando os meus souvenirs…

(Música do dia: Pixie Lott – Nothing compares)