Vale a pena

Na vida sempre temos muitas possibilidades. Opções que são selecionadas de acordo com as nossas preferências, sonhos, anseios, crenças. Podemos ser aquilo que quisermos, escolher o que mais nos agrada e o que acreditamos que pode nos trazer a felicidade.

As possibilidades são imensas e, por que não dizer, infinitas. Basta escolhermos entre elas e seguir a diante. Porém, o problema de ter ao nosso alcance todo este universo de caminhos envolve dois pontos principais: saber escolher e, logo depois, ter coragem para lutar por esta escolha.

Pode-se dizer que a primeira parte é relativamente fácil. Só precisamos ver o que queremos para nossas respectivas vidas e optar pelo caminho que envolve este objetivo. A parte que considero mais complicada é a de transformar a idealização em ações concretas.

Na verdade, o primeiro passo é o mais difícil. Sair do lugar em que nos encontramos para seguir por uma estrada desconhecida não é algo cômodo. Exige determinação e muita coragem para superar novos obstáculos, problemas e situações.

Porém, apesar de todas as dificuldades que se tende a encontrar em um caminho novo, acredito que vale a pena. A busca pela felicidade é um dos valores mais nobres que podemos ter. É algo que se faz sentido lutar e superar todos os medos e anseios que fazem parte das novas conquistas.

(Música do dia: Course Of Nature – Caught in the sun)

Primeira impressão

Sou da opinião de que o primeiro contato que temos com uma pessoa é o mais importante para definir toda uma série de características de um ser até então desconhecido. É a famosa primeira impressão.

O dito popular prega que é a “a primeira impressão é a que fica”. Outros afirmam que este contato inicial não corresponde a total realidade sobre uma pessoa. Já eu digo, e assino em baixo, que a primeira impressão pode até não ser a que permanece em nossas opiniões, porém garanto que ela denota muitos traços sobre quem estamos conhecendo.

É a partir da aparência, da forma com que aconteceu a troca de olhares e palavras que se respaldam as características, sejam elas positivas ou negativas, do nosso interlocutor. Por exemplo, vamos supor que pessoa que você nunca tenha visto na vida te aborde por ai de forma espontânea e simpática, fazendo brincadeiras e conversando como se já te conhecesse há anos. O que você pensaria? Qual ideia teria sobre alguém assim?

Eu, pessoalmente, pensaria que se trata de alguém simpático e extrovertido. Sem problemas para conversar com desconhecidos porque possivelmente o faz com frenquência. Afinal, é a prática que conduz a perfeição, não é mesmo? Portanto, se alguém me para na rua e age desta forma, dependendo do grau de interesse da pessoa, não veria de forma positiva.

No caso de um vendedor ou algo relacionando ao cunho de trabalho, eu diria que se trata de um bom profissional. Porém, se esta mesma cena for aplicada ao lado pessoal, eu ousaria dizer que se trata de uma pessoa vulgar que está mais preocupada em colecionar troféus e, apesar de todas as pomposidades da conversa, é alguém absolutamente dispensável.

Diante disto acredito que talvez não seja fácil racionalizar tudo isso na questão de minutos que envolvem uma primeira impressão. Mas, chamo a atenção para que todo cuidado seja tomado porque nunca se sabe onde estamos “amarrando nossos bodes”. Não se deixe conduzir por confetes, elogios e palavras bem colocadas. Talvez, não passe de algo e alguém sem os menores dos escrúpulos.

(Música do dia: Juel – Bad day)

“Já escreveu sobre mim?”

Há alguns dias (talvez meses) o Marllan, meu irmão caçula, vem acompanhando meus momentos de inspiração e produção textual para este blog. Geralmente, o horário que ele chega do colégio corresponde ao momento em que estou despejando todos os meus pensamentos sobre o teclado. Sempre (e realmente é sempre) ele se aproxima e pergunta: “Está escrevendo sobre mim?”.

Logicamente, como se pode conferir, nunca dediquei um post exclusivamente a ele. Mas, hoje acordei e pensei “E, por que não?”. Acho que nunca é tarde para demonstrarmos o quanto nos importamos com alguém, e acredito que as palavras sejam um bom caminho, mesmo que inclusas em um ambiente virtual.

Indo ao meu assunto do dia… O Marllan é um bom irmão. Quando era menor ele causava dores de cabeça, como é natural de qualquer irmão “pirralho” que se possa ter. Recusava tudo, era revoltado e, vamos dizer, meio chatinho. Felizmente, com o passar dos anos, ele se tornou uma pessoa cativante, espontânea e muito divertida.

Tem a incrível mania (que eu considero positiva) de abraçar as pessoas. “Eu já te dei um abraço?!”, diz ele. Na verdade, sequer temos tempo para responder e já somos espremidos pelo abraço, que eu categorizo como de “urso”.

Acredito que a maioria das pessoas enxergam suas atitudes como ironias ou apenas para a diversão em comum. Mas, penso que todos estes traços expressam a pessoa carinhosa e interessada em estar perto de quem ele gosta. E, se possível, fazendo todos rirem das suas brincadeiras.

Hoje, quando ele chegar e me perguntar se já escrevi sobre ele, a resposta será diferente. Algo do tipo: “Sim, eu escrevi sobre ti! E, tu, já escreveu sobre mim?”.

(Música do dia: Better Than Ezra – I do)

Risos e sorrisos

Risos e sorrisos. Sorrisos e risos. Existe terapia melhor? Ouso responder que não!

Sorrisos e risos tem o incrível poder de transformar dias ruins em alegres e cheios de vida. Mudar humores e até mesmo teores de pensamentos. E o melhor: é algo fácil e inteiramente gratuito.

Não há lugar pré-determinado para esbanjar sorrisos. Tão pouco contra-indicações ou coisas do tipo. Podemos sorrir quando der vontade. Andando na rua, dentro do ônibus, voltando para casa, completamente sozinhos… Em todo lugar ou momento! Basta lembrar de algo engraçado, fazer ou ouvir algum comentário estupidamente besta. Pensar na dádiva de ser feliz…

Eu tenho a incrível aptidão para lembrar das coisas engraçadas nos momentos mais diversos. Às vezes almoçando, ou tomando banho me recordo de alguma cena inusitada e caio na gargalhada sozinha. Admito que devo parecer maluca, mas sinceramente não me importo porque os momentos dos risos e sorrisos compensam a possível vergonha de ser flagrada no ato das risadas.

Micos cometidos em público, ambiguidades do vocabulário, expressões diversas, palavras incontidas ou silenciadas são algumas das possibilidades que podem provocar os risos e sorrisos. Experimente lembrar de algo neste gênero e depois me conte o resultado que causou no seu dia. Garanto que será positivo… Impossível ser diferente disso!

(Música do dia: Stereophonics – Have a nice day)

Inconformismo de uma vida

Acho que chega uma hora na nossa vida que precisamos optar por nos conformarmos com a felicidade que temos ou irmos a busca de algo maior do que tudo isso. Falando desta forma parece óbvio que todos aconselhariam a deixar de lado o conformismo e lutar pelo “algo maior” então referido. Mas, acho que a questão vai além das proporções do tamanho que a felicidade pode ter.

Imagine uma situação em que a felicidade que se tem já é maravilhosa e certamente seria invejada por milhares de pessoas. Todos gostariam de viver esta dádiva. Entretanto, você, observando e vivendo tudo isso, não se sente satisfeito, deseja algo mais. É como se fosse abençoado com a sorte de ter tudo aquilo que todo mundo sonha em ter, mas sente que falta algo. Um vazio invade seu peito toda vez que tenta entender os motivos ou razões pra sentir tudo isso.

É isso que sinto às vezes… Vivendo dentro da vida, sem sentir a vida dentro de mim. Tenho tudo e muito mais do que preciso e mesmo assim não sou feliz da forma como eu gostaria de ser. Penso que o inconformismo faz parte do ser humano. Nunca estamos satisfeitos com o temos, sempre queremos mais e mais…

O fato é que eu estou contente com o que tenho, mas sinto que há coisas maiores para serem vividas. É quase como uma certeza que tenho dentro de mim de que momentos mais significativos estão esperando por mim. Aguardando uma decisão ou uma postura diferente. Parece uma loucura depressiva da minha parte, mas realmente sinto tudo isso. E, essa certeza, mesmo sendo completamente impalpável, é o que me dá forças para continuar nesta vida inconformada e não tão feliz.

(Música do dia: Son Of Adam – I want this perfect)

Capítulo final

Ontem assisti ao capítulo final de uma novela e fiquei pensando: Seria bom se na vida real tudo se resolvesse e desvendasse no último instante… Se toda a felicidade do mundo caísse sobre nossas vidas, assim como nas tramas novelísticas. Seria tão perfeito como na telinha!

Infelizmente, a verdade é que no dia a dia de uma vida comum as coisas não são assim. A  felicidade absoluta em todos os seus aspectos não é algo que podemos desfrutar como num passe de mágica. O último capítulo de nossas vidas não tem o incrível poder de transformar os problemas e decepções em felicidade.

Além do mais, o capítulo final de uma vida real seria o que? O último dia de vida, talvez? O instante que separa a vida e a morte? E, se for assim, como encarar tudo de uma forma tão positiva e feliz?

Compreendo que a vida continua após a morte e tenho a certeza de todo o caminho que um espírito tem a trilhar após o desencarne. Portanto, digo que mesmo o último segundo de vida que existe dentro de um ser não corresponde ao seu grande final.

No final das contas, a vida propriamente dita é muito maior, em questão de tempo, espaço e intensidade, do que podemos compreender. E, dentro desta mesma linha de pensamento, os últimos capítulos de uma vida de verdade sequer poderiam existir porque a vida se inclui dentro do contexto do infinito… Que também é algo que não conseguimos entender…

(Música do dia: Kid Lightning – Satellite)