Gosto de como me sinto quando escrevo, leve, serena, plena, quem sabe até poética (?). É como se minha alma conquistasse voz e pudesse expressar em palavras tudo o que de mais profundo vive, quase que secretamente, dentro do meu ser.
As palavras simplesmente saem e criam frases inteligíveis que podem ou não fazer sentido para quem as lê. A verdade é que quando escrevo não tenho nenhum propósito, não quero ganhar dinheiro com elas, não preciso medir o tráfego ou calcular o orçamento. Eu simplesmente posso ser quem eu sou sem medo de que me julguem, corrijam ou peçam mensurações.
Quando escrevo não preciso ser politicamente correta, não preciso escolher entre os pronomes “ele”, “ela” ou “elu”. Posso apenas escrever sem ter que fazer duas coisas ao mesmo tempo, sem me preocupar em ter que convencer alguém ou sequer fazer sentido…. Porque pra mim sempre faz todo o sentido do mundo. E, acima de tudo, porque as palavras que vem da alma me ajudam a entender quem de verdade eu sou.