Mundo pessoal

Sou da opinião de que a vida de cada pessoa deste planeta representa mundos diferentes. Estrelas, planetas, galáxias inteiramente desconhecidos pelos mais consagrados cientistas. É como se cada ser humano pudesse reter dentro de toda a sua perspectiva de vida particularidades que torna cada um de nós únicos e imutáveis.

Ao pensar sobre o quanto as pessoas são diferentes e vivem situações completamente opostas, acredito que realmente esta ideia de “mundo pessoal” faça todo o sentido. Não que isto exista dentro o âmbito físico da matéria. Mas, o fato de não ser palpável não implica em não existir, certo?

Acredito que as experiências vividas por cada um de nós, os problemas, as felicidades, as pessoas que encontramos pelo caminho, os lugares que visitamos e aqueles que desejamos estar representam o contorno do mundo que habitamos. Um mundo que é inteiramente diferente para quem nos cerca.

Dentro desta forma, acho totalmente cabível afirmar que podemos habitar a mesma residência que uma pessoa e não viver no mesmo mundo que ela. Ao mesmo passo que existe a possibilidade de nos encontrarmos a milhares de quilômetros de alguém e, por uma ironia do destino ou sabe-se lá o que, vivermos no mesmo mundo que esta pessoa, talvez até sem nunca ter esbarrado com ela.

Depois de toda esta tentativa filosofal, me pergunto se existe alguém louco o bastante para habitar o mesmo mundo que eu. Na maior parte do tempo eu acredito que sou único número da estatística populacional… Será que este senso está certo?

(Música do dia: John Powel – Kisses and cake)