Minhas deduções

Eu sou adepta das deduções, faço uso delas para quase tudo. Não sei se isso é normal entre todos os seres humanos, mas é a forma que eu encontro para entender o que acontece ao meu redor.

Não sou o tipo de pessoa que consegue viver decentemente sem racionalizar cada ação ou reação das pessoas que convivem comigo. Preciso entender porque agem da forma que agem, o que querem quando se relacionam comigo e porque são da forma que são.

Isso deve parecer mania de psicólogo, sei lá! Só sou assim e, sinceramente, não sei ser diferente.

Já me peguei várias vezes pensando sobre os prós e os contras de agir desta forma. Cheguei a conclusão de que se eu resolvesse desencanar de tentar entender as pessoas, eu possivelmente seria mais feliz. Porém, o risco de ser enganada e passada para trás seria muito maior dentro da mesma proporção.

Por outro lado, continuando desta forma, eu evito milhares de problemas. Julgo as pessoas a partir das teorias que eu mesmo crio sobre as suas ações e seleciono para ficar na minha vida aquelas que não vão me causar perigo ou fazer mal.

O problema é que a margem de equívocos tende a ser muito grande. Tenho a certeza de que minhas deduções nem sempre correspondem à realidade dos fatos. Mas, o que fazer? É a única arma que eu tenho para evitar mais decepções na minha vida.

(Música do dia: David Grow – The Choosing – trilha do seriado Felicity)