Incertezas

Às vezes não sei o que fazer… Simplesmente não sei!

Acho que nem sempre precisamos saber o que queremos ou como agir em pró disso mesmo. Mas, no momento, me situo dentro da minha própria vida completamente perdida. Sequer consigo diferenciar se isso é bom ou ruim. Só estou assim e não faço a mínima ideia de como mudar este estado.

As pessoas, em geral, tendem a se sentir desta forma de vez em quando. De certa maneira, isso me conforta. Ao menos não sou a única perdida, não é? Espero não ser mesmo…  A ideia de que algo que acontece comigo também é vivido pela coletividade me faz pensar que tudo é absolutamente normal e uma hora as peças vão se encaixar. Mas, o pensamento de que eu sou a única perdida, me amedronta.

Sequer sou capaz de entender qual a razão para me sentir tão perdida. As coisas são simples, não é difícil optar por uma direção e seguir a diante… Só que tudo parece ser tão maior quando sai do patamar das palavras e ganham as proporções da realidade vivida por nós mesmos.

Qualquer um diria: “Escolha e viva!”. Mas, não é só isso… Existem muitos outros fatores que envolvem uma escolha e a sua ação propriamente dita. O pensamento, a coragem e o medo, por exemplo.

Eu, pessoalmente, posso dizer que o medo ocupa a maior parte dos meus pensamentos e quase sempre afasta a coragem para bem longe. Tenho medo de quase tudo e, principalmente, de todas as escolhas que eu nunca fiz e dos caminhos que nunca percorri. O desconhecido mexe comigo e não é de uma forma positiva.

Talvez seja por isto que me sinto tão perdida. Estou a poucos centímetros do desconhecido, daquilo que jamais foi vivido ou sentido. Se der um passo para frente eu o alcanço. Se retroceder, permaneço onde estou. E toda esta questão de espaços e linhas divisórias entre o imutável e o novo, só adiciona incertas em uma vida cheia de medos como a minha.

(Música do dia: Nelly – One and only)