Ferramentas do crescer

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Aprender faz parte do nosso dia, da mesma forma como o respirar ou o caminhar. Apesar de geralmente desconhecermos o motivo, somos seres que buscam o constante aperfeiçoamento da nossa existência neste ou em outro mundo.

Temos sede de aprender! A todo o momento precisamos descobrir novos conhecimentos para atingirmos o crescimento seja no âmbito profissional, pessoal ou também amoroso. Mas, qual a melhor maneira de evoluir sempre?

Para mim, o esquecimento é uma das ferramentas do crescimento. Afirmo isso porque já percebi que muitas situações e sentimentos precisam ser deixados para trás. O passado serve unicamente para aprendermos com os nossos erros e aperfeiçoarmos as nossas estratégias. Todo o restante pertinente a ele deve ser deixado de lado para que a gente consiga seguir em frente por um processo de constantes melhorias, e não de infelizes retrocessos.

(The Verve – Sonnet)

Qual a idade da sua alma?

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Se alguém subitamente te perguntasse “Qual a idade da sua alma?”, o que você responderia? Diria cem, duzentos, mil, dois mil anos? O que te levaria a escolher um número para descrever o seu estado de evolução?

Os índices de humildade, sabedoria, capacidade de amar, respeitar, e se doar deveriam ser levados em conta. Imagino que os cabelos brancos não precisariam ser um quesito avaliado, mas, sem dúvida, o seu olhar vai dizer muito sobre a idade espiritual. Os olhos são o espelho da alma, não se esqueça!

Se me permitem tomar a liberdade de direcionar a pergunta para mim mesma, eu responderia que minha alma deve ter vinte e seis anos. Não que eu não acredite que a alma transcenda os limites do espaço e do tempo tal como conhecemos, e muito menos que eu tenha uma lasquinha de dúvida que seja sobre a vida após vida de um espírito… Não é nada disso! Apenas me sinto tão criança caminhando pelo mundo. Tenho tanto a aprender, tanto a entender que acredito ainda não ter vivido nada além de uma única vida.

Peco no respeito com os outros, e também me falta humildade, paciência, bondade e muitas outras coisas que me custaria uma vida inteira (muito longa, por sinal) apenas para que eu pudesse criar uma lista digna de veracidade. Pessoalmente, não tenho dúvidas: Minha alma ainda engatinha pelos caminhos do viver.

(Trey Songz – I want you)

Evolução do mundo

Será que o mundo realmente está evoluindo conforme retratam os gráficos de consagrados economistas e de tanta gente “importante”?  Tenho a impressão de que não, de que diferente do que prega a política de evolução constante, estamos parados no mesmo lugar ou até mesmo indo para trás. Ao menos é assim que vejo o mundo e não me refiro apenas a questões político-econômicas, mas sim a evolução das particularidades humanas.

A gente liga a televisão ou abre um site de notícias na internet e só se depara com atrocidades de toda espécie. Gente matando gente, gente roubando de gente, gente mentindo, enganando, trapaceando, chantageando, pisando nos outros para chegar um pouco mais alto, em uma posição, quem sabe, mais privilegiada. São as raras as ocasiões em que se observa a bondade gratuita com outro ser humano. E, o pior: A bondade que eventualmente se prega às vezes até serve de disfarce para objetivos escusos.

Então não, não consigo acreditar que o mundo em que vivo está evoluindo. Admito que tem muita boa por ai tentando pregar a humildade e a caridade, mas não posso deixar de dizer que a maldade parece se alastrar muito mais rápido nas esferas terrestres e, de uma forma meio maluca, até consigo entender o motivo.

É muito mais fácil se propagar a inveja, o ciúmes, a mentira. É o caminho mais fácil para o ser humano esconder as suas vãs falhas. Mas, fazer com que o bem se alastre pelo mundo é difícil. Requer laços mais fortes, mais estruturados e determinados e, sinceramente, acho que as pessoas tem preguiça e até mesmo vergonha de admitir que são boas e de, enfim, fazer o bem. E, assim vamos caminhando, buscando uma evolução que raramente acontece.

(Mya feat Lil Wayne – Lock u down)

Assim como um vinho?

Dizem que mulher é como o vinho, à medida que vai envelhecendo consegue melhorar as suas características e, consequentemente, o próprio valor. Mas, nesta manhã de pessimismo absoluto, não tenho tanta certeza disto.

Não conheço nada sobre a ciência da enologia e minha única exigência quanto a vinhos é que sejam doces e suaves (isso quando raramente os consumo). Porém, após aceitar meu amadorismo no assunto, mantenho me questionando se, assim como os vinhos, eu realmente estou amadurecendo para chegar a minha “melhor forma” ou se, de repente, por alguma razão contraditória, o efeito inverso está acontecendo com o meu sabor.

Parece que com o passar dos anos ao invés de eu me tornar uma pessoa mais interessante,  como os próprios vinhos, me transformei em alguém mais retraído, menos sem graça. Dentro da minha pessoal “metamorfose ambulante”, como já me apossei da expressão em um post anterior, deixei de gostar de “bagunças”, de lugares cheios e até mesmo do convívio com algumas pessoas.

Não sei se este efeito de certa amargura ou seriedade também seja algo particular aos vinhos. Mas, o fato é que eu estou mudando, e quando olho para trás quase não me reconheço como sendo a mesma pessoa. Não tenho o mesmo sabor, minha cor se transformou de um rosa límpido e claro para um conservador pink, ainda que chamativo, mais sério e com uma certa sobriedade do tempo. E não consigo deixar de me perguntar se os vinhos também sofrem esta metamorfose e, mais importante do que isto, se todas estas mudanças são realmente positivas e se vão mesmo melhorar o sabor de quem eu sou!?

(Música: The Civil Wars – Poison & wine)

Hora de aprender

Quando aquele conhecido sentimento de tristeza misturado com melancolia e abatimento resolve pronunciar sua chegada já é tarde demais para fugir. Não há mais tempo para se esconder ou agir diferente na esperança de se driblar tudo o que é ruim.

Nestas horas, o jeito é chorar todas as lágrimas que tiverem que ser choradas para que o tempo de sofrer se finde se aproxime, mais depressa possível, o momento de erguer a cabeça e dizer “Chega!”. Então, podemos nos fortalecer com todo o sofrimento e aprendermos com os nossos respectivos deslizes. Afinal, nada exerce maior aprendizado do que a dor e os erros propriamente ditos. São eles que nos conduzem ao aprimoramento e a constante e infindável evolução.

(Música: Paula Fernandes – Dust in the wind)

Evolução nas personalidades

Outro dia li a frase “As leis humanas evoluem com a evolução das personalidades humanas”* e fiquei pensando sobre o assunto. Imagino que, dentro desta mesma linha de pensamento, seja por este motivo que existam tantas leis e regras de conduta a serem seguidas. Afinal, as personalidades que habitam a Terra são incalculáveis e para normatizar o comportamento de todas elas realmente são necessárias muitas leis.

Gostei muito desta frase. Só não sei se concordo com a utilização da palavra “evolução” para designar as mudanças das personalidades humanas. Digo isto porque, a meu ver, a palavra se remete a não apenas uma mudança de atitudes e pensamentos, mas de melhoramentos. E, desta forma, me pergunto: Se estamos melhorando nossas personalidades, porque então precisamos de tantas leis?

Entendo que estamos cercados por padrões morais e legais que devem ser seguidos para que possamos viver dentro da maior harmonia possível. Porém, se nós realmente fossemos seres evoluídos satisfatoriamente, não precisaríamos de leis ou quaisquer outras obrigações para vivermos a risca do que é considerado correto. Nossos valores seriam suficientes para garantir a paz no mundo.

Acredito que é possível estarmos evoluindo. Ao menos se nos compararmos com nossos antepassados primitivos é possível notar uma diferença drástica na questão da educação, trato com as pessoas e conscientizações nos mais diversos aspectos. Por esta razão não nego nossa evolução! Apenas chamo a atenção para o fato de que ainda falta uma longa estrada a ser seguida para chegarmos na tão deseja perfeição, onde as leis não serão mais necessárias.

*Chico Xavier

(Música do dia: Maroon 5 – She will be loved – Acoustic Version)