Nesta manhã me ative a pensar sobre como o cérebro humano é engraçado e nos prega peças o tempo inteiro. Sempre me considerei uma pessoa com boa memória por nunca esquecer de nada importante, ter uma facilidade absurda para decorar nomes, datas e textos imensos. Mas, contrariando minha própria vontade, em alguns momentos a minha mente parece deletar dos seus arquivos coisas que considero relevantes.
Olho para trás, para um passado nem tão longínquo, e não consigo me recordar de muitas situações vividas. Lembro-me do nome da minha professora do pré-escolar, mas não há santos que façam vir a memória o prato que almocei ontem. Chega a ser irônico!
Já li alguns livros que dizem que existe algo chamado de “memória seletiva” que, como o próprio nome diz, funciona como uma espécie de seleção que fazemos, geralmente inconscientemente, do que deve ser lembrado e do que pode esquecido.
Realmente, a lembrança da refeição de ontem não é importante, nada memorável o bastante para meu cérebro criar um “post-it” mental. Mas, sinceramente, me preocupo toda vez que esqueço de colocar a escova de cabelo na bolsa para sair, e chego a pensar que estou com princípio de Alzheimer. Hello, Sr. Cérebro! O cabelo é importante!
Palavras de Marceli 