Hoje fiquei pensando nas coisas que eu poderia ter feito, mas inevitavelmente ou nem tanto, não fiz. Por exemplo, eu poderia ter sido dançarina ou, quem sabe psicóloga se tivesse resistido a minha pequena queda por Jornalismo. Também poderia ter ido para Lua, se em algum momento da minha vida, mesmo que por lampejos de segundos, sonhasse em ser astronauta. Poderia ter sido famosa e conhecido os Hanson se a minha música criada ainda na pré-adolescência tivesse feito sucesso. Mas, o fato é: Nada disso aconteceu.
Eu poderia ter sido várias coisas, exercido várias carreiras, ter conquistado sonhos que nunca tive e ser ainda a Marceli. Certamente, não a Marceli que sou hoje, mas, sem dúvida alguma, alguém que ainda se chamaria Marceli apesar das escolhas inusitadas que me definiriam perante o mundo.
Eu poderia ter vivido, e ainda estar vivendo, uma vida completamente diferente da que tenho hoje. Poderia morar em outra cidade, ter pintado o cabelo de ruivo e ser adepta das odiáveis rasteirinhas. Poderia ser uma pessoa menos chata, de fácil convivência, simpática e nada orgulhosa. Mas, o problema é que eu não sou! E na verdade, isso sequer é um problema porque todas as escolhas feitas diante da minha vida, e todo o caminho que tracei ao longo dos anos me fizeram conquistar o meu respectivo presente e não me arrependo disto.
Sou feliz com todas as minhas decisões apesar de que, como todo ser humano que habita a face terrestre, também tenho arrependimentos. Ainda acho que deveria ter me dedicado mais música, e que realmente não deveria NUNCA ter colecionado tantos pôsteres dos irmãos “Mmm Bop”. Mas, fazer o quê? Estas são as escolhas que definem a Marceli de hoje. Uma Marceli que não costuma reservar espaços para frases que comecem com “Eu poderia”, mas que, ainda assim, pensa de vez em quando no assunto.